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Pastel e caldo de cana: comida típica de SP
Pastel e caldo de cana. Quem é que não saiu em um domingo pela manhã para comer e beber essa combinação em uma feira na capital paulista? É difícil encontrar quem nunca tenha feito isso, pois se tem uma dupla que é apreciada por muita gente, sem dúvida alguma é o pastel mais o caldo de cana.
Fato é que tanto o pastel como o caldo de cana são os responsáveis por fazer com que o agronegócio brasileiro tenha movimento, afinal a cana-de-açúcar, usada para fazer a garapa (que também pode ser chamada de caldo de cana) é empregada também na produção de cachaças.
Como o pastel chegou ao Brasil?
A chegada do pastel ao Brasil envolve duas teorias. A primeira diz respeito ao fato dele ter vindo para cá por meio dos imigrantes europeus, mais precisamente, os portugueses, porque eles eram donos de pastelarias.
Apesar dessa relação, ela não é assim tão forte, porque os pastéis produzidos pelos portugueses costumam ser doces, como o famoso Pastel de Belém, e isso faz com que sua capacidade de influência seja pequena.
Há quem relacione com a Itália e o seu pastel que é feito a partir de uma massa de pizza e que recebe o nome de fogazza. Apesar dos dois estarem mais próximos, o pastel brasileiro é frito e o italiano é assado.
A segunda hipótese remete aos japoneses. Apesar do pastel ter origem na China, foram os imigrantes que vieram do Japão que trouxeram essa iguaria tão tradicional nas feiras da capital paulista.
O pastel que conhecemos foi adaptado a partir do rolinho primavera e do prato chamado de guioza.
Os imigrantes começaram a usar os ingredientes que tinham disponíveis em solo brasileiro e promoveram a substituição da farinha de arroz pela de trigo e mais o vinagre e a cachaça tomou o lugar do saquê.
Isso aconteceu por volta dos anos 40 quando teve início a II Segunda Mundial. O pastel se popularizou no Brasil, porque os ingredientes usados eram comuns por aqui e isso fez com que ele começasse a se destacar e a cair no gosto popular.
Os imigrantes japoneses fizeram com que o pastel chegasse primeiro à cidade de Santos, pois foi por ali que eles chegaram em solo brasileiro. Depois, a comida foi se espalhando, chegando a São Paulo, Rio de Janeiro e até Belo Horizonte ainda nos anos 50 e, na década de 60, ele chegou ao Sul.
Como era o recheio do pastel?
A mistura que era usada como recheio do pastel era composta a partir da junção da carne de porco mais carne de boi. No entanto, a partir do momento em que ele caiu no gosto popular, o recheio também foi ganhando características locais.
Devido a isso, as carnes de diferentes animais foram separadas. Em Minas Gerais, o pastel ganhou o recheio do queijo e hoje não há quem não goste do famoso Romeu e Julieta que é a junção de goiabada com queijo.
Hoje em dia, o que não faltam são opções de sabores tanto doces como salgados. Desde o famoso pastel de carne, a junção carne mais queijo, entre outros. Entre os doces se destacam: brigadeiro, chocolate com leite condensado e banana.
Como surgiu o caldo de cana?
A cana de açúcar apareceu em terras brasileiras bem antes do pastel, pois a história conta que ela começou a ser cultivada ainda em 1516. A garapa era oferecida aos negros, porque ela tinha um potencial energético elevado.
Os senhores de engenho é que ofereciam a bebida aos negros, porque a moagem da cana levava muito tempo e os escravos precisavam ter energia para fazer o serviço.
Como o pastel e o caldo de cana chegaram às feiras livres?
Conforme o tempo foi passando, assim como as demais bebidas, o caldo de cana também apareceu nas feiras livres. O pastel, por sua vez, apareceu nas lanchonetes, porém os imigrantes japoneses entenderam que era necessário ter uma relação mais próxima com os seus clientes, ainda mais aqueles que eram agricultores.
A partir disso, bastou que alguém começasse a beber a famosa garapa junto com um pastel e começou a falar para um, para outro e, pronto, a combinação caiu no gosto popular.
Curiosidades sobre os pastéis
Conforme o pastel foi ficando popular, ele passou a ser comercializado com diferentes tipos de massas, sem falar nos inúmeros recheios que podem ser encontrados. A onda gourmet também chegou aos pastéis e isso significa que é possível encontrar opções de recheios como: polvo, parma, caviar, entre outros.
As tiras, ou seja, as “sobras de massa” também são consumidas. Nas feiras livres, elas são vendidas como petisco.
Quem opta por uma refeição mais saudável pode consumir o pastel sem medo, pois já há uma versão fitness, que é feita com diferentes itens classificados como “mais saudáveis”, o que permite que aqueles que optam por uma alimentação mais regrada também consumam essa iguaria paulistana.
Feiras livres da capital paulista: conheça a história
As feiras livres foram criadas em meados do século XVII na capital paulista. Desde sempre, elas servem como uma alternativa para quem deseja adquirir pescados, produtos hortifrutigranjeiros e para comer um pastel e tomar um caldo de cana.
Atualmente, o município de São Paulo conta com mais de 900 feiras que são realizadas todos os dias da semana, exceto na segunda-feira, sempre das 7h30 às 13h. A título de experiência, a primeira feira livre oficial contou com 26 feirantes e foi realizada no Largo General Osório. Depois, mais uma feira livre foi promovida.
Desta vez, 116 feirantes participaram no Largo do Arouche. Por fim, uma terceira aconteceu no Largo Morais de Barros. De lá pra cá, a realização das feiras não foi mais interrompida.
Dicas de feiras para comer pastel e tomar caldo de cana
Aos domingos, a dica é a feira que funciona na Rua Sebastião Pereira, na continuação da rua das Palmeiras funcionando ao lado do Minhocão. Ela oferece às pessoas três opções de barracas de pessoal que está bem pertinho do Elevado Presidente João Goulart
Também aos domingos, mais uma opção é a feira da Lorena que conta com duas barracas de pastéis que são mantidas por famílias japonesas.
Praça Charles Miller
Na Praça Charles Miller, quem deseja comer pastel em uma barraca tradicional deve procurar a Barraca do Zé. Ela funciona sempre de terça e quinta em frente ao Estádio do Pacaembu. A fama é tão grande que é possível ter que enfrentar fila para provar o pastel.
Mais uma dica é provar o pastel feito na Barraca da Maria que também funciona na Praça Charles Miller. O local teve o seu pastel eleito como o melhor da capital no ano de 2016. Para provar, é preciso esperar na fila e dependendo da situação, até senhas são distribuídas. Mas, esteja certo de que a espera vai valer a pena!
Cerqueira César
Às quintas-feiras, a pessoa pode comer um pastel da barraca da Agena. A barraca funciona na feira livre na Cerqueira César, bem próxima a Avenida Brigadeiro Luís Antônio.
Jardim Planalto
No extremo leste de São Paulo, uma feira livre é realizada na terça-feira no Jardim Planalto ficando cerca de 500 metros na Rua Rio Hipiaugui.
Zona Sul
Quem está na estação Primavera-Interlagos da CPTM, que fica na zona sul da capital, pode provar o pastel em uma das bancas mais tradicionais da feira, que é realizada na rua Francisco Barreto, na barraca da Meire.
Vila Madalena
O pastelzinho também é a pedida perfeita na Vila Madalena. A feira na zona oeste acontece todos os sábados na rua Mourato Coelho e na Aspicuelta.
Comida regional e hotéis Mercure
Comer um pastel e tomar um caldo de cana não tem coisa melhor, não é mesmo? Mas, essa experiência pode ficar ainda melhor quando você recebe uma indicação especial de uma barraca que oferece um pastel com um sabor diferenciado. Como isso acontece?
Quando você está hospedado no Mercure, a nossa paixão é oferecer aos nossos hóspedes sabores especiais, por meio da indicação dos melhores locais para comer um pastel e tomar uma garapa.
Então, se você vai para São Paulo e deseja provar dessa combinação tão peculiar da capital, a dica é ficar hospedado em um dos hotéis Mercure e perguntar para a nossa equipe qual feira eles indicam para que você desfrute dessa gastronomia regional. Temos a certeza de que com essa dica, o sabor ficará guardado em sua memória.
Além disso, quando a opção é por um hotel Mercure, o hóspede pode usufruir de todos os benefícios que o programa de fidelidade ALL traz, que são descontos em hospedagens em outros destinos ou, ainda, a possibilidade de viver experiências gastronômicas diferentes.
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