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BASTILHA DO BRASIL BELO HORIZONTE
A cidade de Belo Horizonte é um presente para os apaixonados pela arquitetura e pelo ordenamento urbano. Efetivamente, o seu plano urbanístico, inaugurado em 1897 e dirigido pelo engenheiro francês Paul Villon, é inspirado em Washington D.C., mas sobretudo em Paris. De fato, a praça Raul Soares poderá fazer lembrar qualquer coisa, se já tiver passado pela capital francesa. Ela terá, com efeito, sido construída segundo o modelo da praça da Bastilha. Por isso, não hesite em ir verificar se a cópia está à altura do original! Place Raul Soares, Belo Horizonte
Foi em Belo Horizonte que o grande Oscar Niemeyer assinou as suas primeiras construções. Em 1940, Juscelino Kubitschek, Presidente da Câmara da cidade, convoca efetivamente o arquiteto par conceber o novo bairro de Pampulha. Numa só noite, Niemeyer desenha os planos de um casino. Muito rapidamente, este irá se tornar o local favorito da grande burguesia sequiosa por novas sensações. Mas em 1946, a grande machadada: o governo do General Gaspar Dutra, influenciado pela sua mulher, decide proibir os jogos a dinheiro em todo o Brasil. Será simplesmente o fim? Nem por isso. Onze anos mais tarde, o edifício é renovado e torna-se um dos museus de Arte Contemporânea do país. A boa notícia é que não irá ficar depenado quando o visitar. Museu de Arte da Pampulha, Av. Dr. Otacílio Negrão Lima, 16585 - Pampulha, Belo Horizonte
Até aos anos 50, os governadores do Estado de Minas Gerais viviam em pleno centro da cidade, no elegante Palácio da Liberdade. Mas, de repente, eles se mudaram para o bairro de Mangabeiras. Porquê? Por medo, muito simplesmente. De fato, dizia-se que uma certa Maria Papuda, vizinha desalojada quando foi construído o palácio, lançava feitiços sobre os seus habitantes. Assim, Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves, dois antigos presidentes do Brasil, entregaram a alma ao criador pouco tempo depois de aí se terem instalado … Se não tem medo de feitiçarias, vai querer visitar as 30 salas do Palácio. Palácio da Liberdade, Rua Thomé de Souza, 1332 - Funcionários, Belo Horizonte
Passeando pelo centro da cidade, é impossível não ver a imponente torre de vidro do Othon Palace, inserida no cruzamento entre a avenida Afonso Pena e a Rua da Bahia. Antigamente, o local era, no entanto, bem mais discreto. Aqui, até 1937, os habitantes podiam parar no Bar do Ponto e beber um cafezinho. Ou quase. Na realidade, o que os empregados do bar colocavam na chícara era cachaça, o rum local. Mas porquê em chícaras? Para que os fregueses pudessem beber sem chocar as pessoas que passavam. Bem pensado, sim senhor. Av. Afonso Pena, Belo Horizonte
Um automóvel pode subir uma ladeira sozinho, com o motor desligado? No bairro de Mangabeiras, zona chique de Belo Horizonte, alguns moradores (perfeitamente sãos de espírito) colocam-se a questão. Com efeito, os veículos parecem desafiar a lei da gravidade e subir sozinhos a rua do Amendoim. Para explicar o fenômeno, há quem diga que há minerais subterrâneos que magnetizariam o veículo, arrastando-o para cima. Será credível? Não muito. Pelo menos, mais duvidosa que a tese da ilusão de ótica: parece, na verdade, que a rua desce ligeiramente. Para poder ter uma opinião, não hesite em ir lá, tentar a experiência. Mas, mesmo assim, não deixe de prestar atenção no freio de mão. Rua do Amendoim - Mangabeiras, Belo Horizonte
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