Brazil
A OUTRA ESTÁTUA DA LIBERDADE RIO DE JANEIRO
Pelo mundo inteiro, existem perto de 200 réplicas da Estátua da Liberdade. Contudo, a do Rio distingue-se pela sua discrição. Instalada num centro comercial inócuo, no bairro do Bangu, a oeste da cidade, ela passa com efeito totalmente desapercebida. Na verdade, é um desafio. Você pode encontrar a estatua? Se você fizer isso, ficará feliz em saber que esta estátua é de Auguste Bartholdi, o escultor da original Lady Liberty, para celebrar o 10 º aniversário da independência do Brasil.
Nas alturas do Rio, nos limites da cidade, esconde-se um lugar fascinante: um hotel gigantesco, cuja construção, iniciada há 44 anos, nunca foi terminada. Durante muitos anos, o lugar foi uma referência para os artistas locais. Mas hoje, é possível visitá-lo pagando uma dezena de dólares. De cima, a vista do mar e a Pedra da Gávea é única. Se quiser, pode até mesmo descer de "rapel".
Uma favela, 25 000 habitantes, uma vista deslumbrante sobre os bonitos bairros da cidade e uma montanha de detritos... A história é clássica mas, graças a Mauro Quintanilha, músico do bairro, e Paulo Cesar, um cantoneiro, tudo mudou. Em 2005, os dois homens lançaram uma operação de limpeza do bairro. Hoje, o local conhecido por “oásis verde” transformou-se num parque ecológico onde se vai contemplar pássaros, borboletas e macaquinhos. Chegará até a encontrar uma horta.
No bairro de Botafogo, o cemitério de São João Batista propicia um passeio contemplativo, com estilos ecléticos arquitectónicos. Enquanto estiver lá, talvez você queira prestar homenagem ao túmulo de Geraldo Ribeiro, motorista do ex-presidente brasileiro Juscelino Kubitschek. Por quê? Há rumores de que o lote não é ocupado pelo motorista, mas pelo próprio presidente. Na verdade, ambos morreram durante um terrível acidente de carro em 1976 e diz-se que os corpos foram trocados um para o outro.
Não longe de Ipanema, o Vinicius Bar esconde muitos segredos. Diz-se, por exemplo, que o célebre poeta Vinícius de Moraes, um dos fundadores da Bossa Nova, era frequentador habitual. E, depois da sua morte, em 1980, começaram a observar-se aí fenômenos estranhos: um dia, umas garrafas de whisky caíram de uma mesa sem qualquer razão. Outra vez, durante um concerto, uma foto de Vinicius de Moraes que estava pendurada na parede caiu verticalmente no chão. Estranho. Há que dizer que Vinícius de Moraes era um especial apreciador da vida. De tal maneira que se costuma até dizer que ele se casava a cada dois ou três anos. Talvez este malandro esteja querendo fazer lembrar a sua presença. R. Vinicius de Moraes, 39 - Ipanema, Rio de Janeiro - RJ, 22411-010, Brasil
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